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Programa de Melhoramento de Soja da Universidade Federal de Uberlândia

por Palloma R. Maciel Rodrigues Oliveira
Publicado: 04/12/2019 - 13:14
Última modificação: 04/12/2019 - 13:14

A Universidade Federal de Uberlândia implantou há 24 anos, o Programa de Melhoramento e de Estudos Genéticos em Soja (PMEGS), tendo como meta aprimorar as tecnologias de produção da soja em ambientes tropicais, desenvolvendo-se novas cultivares convencionais, produtivas,  resistentes aos estresses bióticos e abióticos, com alta adaptabilidade e estabilidade fenotípicas, resultado da aplicação de métodos  de melhoramento clássico e molecular.

As pesquisas conduzidas em Uberlândia-MG (LS 18º 30´), envolvem hibridações, avanços das gerações iniciais nas casas de vegetações e gerações avançadas no campo, avaliação de populações em gerações segregantes, testes de progênies, testes de adaptabilidade e estabilidade, avaliações de resistências as pragas, doenças e aos stresses térmicos e hídricos, seleção de linhagens promissoras, registro e proteção da nova cultivar, produção de sementes do melhorista e sementes genéticas.

Coordenado pelo Prof. Dr. Osvaldo Toshiyuki Hamawaki, implantou-se nesse período uma ampla rede universitária de pesquisas com a soja, envolvendo as seguintes Instituições Universitárias: a Universidade Federal do Piauí; a Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Rondonópolis Fundação Educacional de Ituverava-SP e a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

Os pesquisadores envolvidos no PMEGS fazem parte do Grupo de Pesquisa “Soybean Breeding” do CNPq, sendo a  maioria doutores, incluindo-se ainda discentes de graduação em Agronomia e Biotecnologia, mestrandos e doutorandos em Agronomia e Biotecnologia e pos doutorando em Agronomia. O produto final foi um germoplasma de ampla base genética, baseada na combinação de genótipos de origens distintas, obtendo-se até o momento 13 cultivares de soja Registradas no RNC/MAPA, e 06 Protegidas no SNPC/MAPA, com características inovadoras, diferenciadoras e de elevado potencial produtivo.

A tecnologia em desenvolvimento é o processo de obtenção de novas variedades de soja adaptadas às regiões do cerrado, com maior produtividade grãos e óleo e resistência parcial ou total à ferrugem asiática da soja, aos nematóides formadores de galhas, lesões radiculares e de cisto, ao mofo branco, entre outros e aos déficits hídricos e temperaturas elevadas.

A produção de sementes está permitindo acesso às cultivares UFUS aos produtores de grãos localizados nos estados de MG, GO, MT, BA, TO, MA, PI e RO após testes exaustivos quanto a adaptabilidade e estabilidade nessa imensa região, apresentando índices de produtividades recordes, como a UFUS 8401 que atingiu alcançou 100 sacas/ha, e as novas cultivares precoces: a UFUS 6901, UFUS 6901RR e UFUS TUPI, todas com ciclo de 100 dias em MG, bem como a UFUS 7415, UFUS Mineira e UFUS 7401, com ciclos vartiando de 108 a 118 dias.

Finalmente, merecem destaques as elevadas resistências ao nematoide Pratylenchus brachyurus apresentadas pelas cultivares UFUS 6901, 7401 e 8401 e resistências ao nematoide Meloidogyne incognita pelas cultivares UFUS 7801 e UFUS  8301.